Pelo gosto
de palavra lida
Joe Cruz
Vira
e mexe alguém diz que nós, brasileiros, lemos muito pouco. E os preocupados com
a educação do nosso povo, afirmam que é fundamental desenvolver o hábito da
leitura em nossa cultura. Não discordo que lemos pouco, nem duvido que a
leitura melhoria nosso nível cultural, mas chega a ser engraçado imaginar
pessoas lendo por aí por puro hábito como fazem, por exemplo, os ingleses com
seu horário do chá! Não sei se o chá das cinco para os ingleses é uma questão
de hábito ou de prazer; ou se o prazer de tomar chá (às cinco) levou-os ao
hábito ou vice-versa, mas no Brasil, o que se percebe é que não se desenvolve
um hábito cultural se este não passar antes pelo prazer ou pela necessidade, ou
seja, se não gostamos de ler e não vemos de forma aparente suas vantagens, não
há estímulo suficiente que nos fará um povo leitor. Oferecer ótimos livros
gratuitamente nas escolas públicas como forma de incentivo à cultura (como
acontece hoje na rede pública do Estado de São Paulo), sem que antes haja certo
esforço em consideração ao prazer de ler (sim, porque há prazer em ler!), pode
resultar em latões de lixo cheios de bons livros; ou, na melhor das hipóteses, numa
estante empanturrada de bons livros como enfeite.
O
problema é que gostar de ler não se aprende na escola - também não sei se é
possível aprender a gostar de alguma coisa – talvez seja em casa, no convívio
familiar onde a leitura pode tornar-se algo mais “familiar”.
É
bom ressaltar que o problema não é somente uma questão de gosto. A educação no
Brasil passou a ser algo possível para todos há poucas décadas. Antes disso,
somente famílias com bom nível social (porcentagem ínfima no país) eram
privilegiada com este luxo! Somos, portanto um povo que, em sua grande maioria,
passou do analfabetismo direto para a televisão. Neste cenário, não é difícil
entender o porquê de qualquer programa ridículo de televisão sequestrar um
tempo valioso que poderia ser desfrutado com uma boa leitura.
Ao
contrário do que normalmente é dito por aí (principalmente para os
adolescentes), não penso que devêssemos aprender a “devorar” livros como seres famintos e esganados por cultura, mas saborearmos
lentamente e descobrir o segredo da boa “degustação”
de cada palavra, cada frase e cada livro que passar por nossas mãos.
Pois é.
ResponderExcluirVá até um bairro de classe média ou mais elitizado olhe ao redor, o que você vê, o resultado do conhecimento, da leitura aliado ao bom gosto e uma frequência melhor que evidentemente segue uma linhagem. E no ar está o cheiro de tudo o que há de bom e a qualidade de quase tudo se mostra na arquitetura, arte, urbanismo etc. Enquanto isso nas periferias e bairros afastados o contrario de tudo isso se esconde em uma redoma alheio ao mundo e a tudo, apenas absorvem o que a midia passa com filtros pré estabelecidos, tudo contra a periferia, mas a raiz do que se produz ali não alcança o estatus para mudar o mundo (vez o outra 0,000000,01% serve para algo meio útil) estes povos são oriundos de uma hereditariedade que não gera quase nada, a não ser uma mão de obra não qualificada e votos para erguer líderes que torna tudo mais ineficaz. E seus costumes são originarios do caos do não planejamento da desordem pois o que é preciso para gerar alguem com maior capacidade de realização não estava presente em suas 4 faculdades essencial para a formação de um ser, e assim segue o crescimento desordenado famílias sem o menor planejamento que serão consumidores e alimentarão todo este caos suburbano onde somente a imagem basta. No geral Brasil é um favelão, tudo é feio e mal planejado com exceção de alguns estados é claro. continua